13 de outubro de 2016

A maioria das coisas que quero escrever vão parar no Face, então o intervalo entre postagens só vai fazer aumentar...

Já está na casa de um ano e meio, que vergonha...

Muito que bem, pelo menos a maromba continua ininterrupta. Agora são quatro séries de exercícios, que faço de 4 a 6 vezes por semana: costas/peitoral/ombros, aeróbicos/abdominais, bíceps/tríceps e pernas/aeróbicos. E não, aumentar massa muscular não aumenta o metabolismo basal o suficiente para queimar gordura, há que se fazer exercícios aeróbicos sim senhor. Odeio aeróbicos, mas também odeio votar e pagar impostos, faz parte da vida.

O peso aumentou um pouco, agora são 133 quilos de gordinho suado com uns inchaços fingindo de músculos espalhados pelo corpo. Estou levantando uns pesos minimamente respeitáveis, já não uso pesinhos de fisioterapia (dumbells de 10kg ou menos são pesinhos de fisioterapia, os frangos podem espernear a vontade) senão para alguns exercícios de ombros. Agora já sou um peru de natal recheado com farofa de bacon metido a fortinho.

Minhas leituras estão beeem esparsas, mas acrescentei uns poucos títulos à minha biblioteca anti-comunas: "O eixo do mal latino-americano e a nova ordem mundial", de Heitor de Paola (psiquiatra com um programa na Rádio Vox), "Como ser um conservador", do filósofo inglês Roger Scruton, "Ponerologia: Psicopatas no poder", do psiquiatra Andrew Lobaczewski e "As idéias conservadoras", de João Pereira Coutinho. Quatro biscoitos finos, e meu exemplar do Eixo do Mal foi autografado pelo Spacca (o cartunista fez a capa da obra) com um par de caricaturas (um Olavo e um D. Pedro II) em uma das passeatas pedindo o impeachment da Mandioca Sapiens e a dissolução do PT.

Falando nesse ParTido, ninguém se engane achando que ele acabou. A legenda é apenas a pele da cobra, a serpente se espalhou por uma série de legendas. PC do B, PSOL, Rede, PV, PSB, PDT, PTB, PR, PSTU e PCO são os mais óbvios, votar nisso é perpetuar o projeto petralha de destruição do que restou da "nação" bananistanesa.

E gente do céu, eu achei que ia terminar a postagem com isso, mas a caixinha luminosa de fazer doidos/burros ("TV", para quem não é antigo o bastante para conhecer a expressão) acabou de me confirmar a morte do prêmio Nobel. O Nobel da Paz já era uma palhaçada desconsiderada pelos poucos ainda não imbecilizados deste mundo desde que deram um para Bananobama, e agora deram o de 2016 para aquele traidor do próprio povo que é Juan Manuel Santos. Como assim, um "acordo de paz" com as FARC?!? Deus te repreenda, Santos, Deus te repreenda!

Mas agora acabaram de enterrar a credibilidade do prêmio com o Nobel de Literatura. O ganhador foi Bob Dylan. Isso mesmo, não escrevem mais livros então o prêmio vai para letristas de música pop. Bob "blowing in the wind" Dylan é o mais novo Nobel de Literatura, junto com aquele aldrabão do Saramago. Estou vendo o ano em que o Bananistão terá seu primeiro Nobel, será um de Literatura para Chico Buarque!

Bom, já batuquei o suficiente nesse teclado por hoje sem que isso me gere dinheiro (tenho bastante coisa que traduzir, graças ao bom Deus) e minhas melhores observações (já disse no título, não?) vão para o meu perfil do Face, então até daqui mais um monte de meses. Pax Mariae!

15 de março de 2015

Ouvindo Rádio Vox e descansando de uma tradução...

Olha, aniversário de postagem comemorado com outra postagem. Bonito, não?
Então...
Estamos há algumas horas de saber como se dará a saída da soberana búlgara Dilmônia Belzebuvanna Russaéfe do "pudê". Pois ela sairá ainda esse ano, per fas et per nefas.
O melhor cenário, que dificilmente se dará, é a criatura acordar um dia desses movida por Inspiração divina, fingir que foi atender o telefone celular e desaparecer. Ou seja: ela se encher com a pressão por impeachment e tudo mais e renunciar. Aí ficamos uns dias (até 90) com o PMDB se locupletando e então teremos mais uma oportunidade de não votar tão errado na vida (e, de preferência, de arrancar as maquinetas da Diebold/Smartmatic da parada, caso contrário não adiantará Fanta-Uva).
O segundo é aceitarem o impeachment sem querer fazer sangueira de trazer tropas de FARC, Venezuela e todo o resto do Foro de São Paulo para fazer guerra civil e nos sufocar debaixo das garras da "Patria Grande Bolivariana" à força de bala.
O terceiro é rolar a sangueira mencionada acima. Aí a coisa será feia demais. Não temos sequer a esperança besta de pedir intervenção dos EUA enquanto Baback RussoHein "Lula é o Cara" Bananobama for Mr. President... Ou seja, estamos no mato sem cachorro.
Aconselho a quem me ler agora que aproveite enquanto ainda há mantimentos nos supermercados e faça estoques de arroz/feijão/farinha/óleo/latarias, dia 16/03 mesmo já estão agendando de paralisar o trânsito de caminhões de transporte de combustível.
Ao fim e ao cabo estamos dependendo dos venais do PMDB, que façam o impeachment movidos pelo cálculo de que o PT não tem mais como sustentar os ministérios e mamatas com que pagam a subserviência da bancada dinheirista. Quem diria!
And now for something completely different...
Ser pai no Bananistão é um suplício. Estou às voltas com uma matéria (desde ano passado, na verdade) chamada "Cidadania e Direitos Humanos", que fala de meio ambiente, consciência racial, combate ao bullying, marxismo e tudo o mais que caracteriza Direitos dos Manos e Idiotia. Que sufoco! O conserto dessas "aulas" é feito apagando incêndio, idéia a idéia. O bom é que é escola particular e as professoras mesmo já percebem um pouco do tanto de aleivosias e podridões que os tais livros dessa "matéria" trazem e vão levando o negócio nas coxas, deixando de lado tanto quanto dá sem a diretora se irritar. De qualquer forma, se meu trabalho como tradutor não me exigisse tanto, juro que fazia homeschooling! Pelo menos me divirto fazendo guerrilha conservadora na lição de casa do meu filho. Cada trabalho de história, geografia ou direitos dos manos eu mando um petardo como fazer um cartaz para o Dia da Consciência Negra SEM ZUMBI, com Machado de Assis, Morgan Freeman, Thomas Sowell (professor de economia na Harvard), Cruz e Sousa e Lima Barreto, ou um trabalho de meio ambiente com fotos de plantações, criação de frango e uma bela churrascada gaúcha por que seres humanos também fazemos parte do meio ambiente e precisamos de alimento.
And now for something completely different, once again...
Entrei na maromba. Tem coisa de 4/5 meses que estou na academia, puxando ferro, levantando peso e coisa e tal. Já perdi um pouquinho de banha e ganhei um pouquinho menor ainda de músculos. De 130kg de sedentarismo orgulhoso agora são 128kg de gordinho suando de segunda a sábado. Três séries de exercícios, fazendo braço segundas e quintas, braço e abdominais terças e sextas e pernas quartas e sábados. Não digo que ainda estou frango por conta da banha. Frangos são magrelos. O que eu sou é um solene peru de Natal recheado com farofa de bacon. Vejamos em que pé estarei ano que vem, quando eu postar de novo.
Com os exercícios todos estou começando a caber melhor em camisetas nas quais não estava entrando direito há algum tempo. Mas as camisetas que comprei essa semana pela http://www.vestesacra.com.br/ eu pedi no tamanho EX, mesmo, que o progresso rumo à perda do pânceps ainda não foi tão grande. Essa loja de camisetas é um capítulo à parte. Tomei conhecimento dela em um programa da Rádio Vox (http://radiovox.org/player/) e não teve como eu não comprar uma tamanho EX do Brasão da Casa Imperial d'Orleans e Bragança. Comprei ainda uma do Santo Sudário e outra da medalha exorcística de São Bento (ambas EX, claro!). Por Sedex, chegou rapidinho, preço legal para os bons produtos que são, enfim, gostei e recomendo.
A alimentação está começando a mudar também com o interesse por ganhar alguma massa muscular. Explico: a única forma de alguém com metabolismo baixo feito o meu queimar banha é criando músculos, que aumentam a demanda de energia e aumentam o metabolismo basal. Eu sempre gostei de proteína, agora estou aproveitando para radicalizar. Muito frango e atum (estamos na Quaresma, não vou me encher de carne vermelha até a Páscoa), alguma batata doce (dizem que é um carboidrato complexo de baixo índice glicêmico blá-blá-blá-WhiskasSachê) e menos carboidratos enquanto tiver "banhoidratos" para queimar (tenho montes...).
Hmmm...
Lembrei que meus posts anteriores falavam de minha entrada no mercado dos concurseiros. Continuo nessa batida do samba, mas bem mais devagar. Minha meta é o concurso para Analista da Receita Federal. É o equivalente para 2º grau do Auditor da Receita Federal, paga bem, tem menos matéria e é mais possível de se passar. Não gosto do nosso sistema tributário, não gosto do nosso (des)governo, será um trabalho um tanto desagradável no atual cenário, mas a função é necessária mesmo em um país com estado mínimo, pois Forças Armadas, Judiciário e Legislativo dos tamanhos certos ainda demandam soldos e salários para funcionar, que são pagos, por óbvio, via tributos.
Quanto à mens sana (do corpore sano falei acima), li Os Irmãos Karamazov e mais alguns livros pelo meio do caminho. Dostoievski é maravilhoso. Um pouco verboso, mas maravilhoso. É cada lição de vida e filosofia que a gente sai tonto da leitura. Estou ouvindo bastante Rádio Vox, aprendendo montes de análise política, história, música e alta cultura em geral, só falta conseguir dormir o meu soninho de feiúra.
Pax et bonum, e até meu próximo post (ano que vem, será?)!

29 de março de 2014

Passando para dizer oi

Rapaz, esse meu blog está abandonado de tudo! Um ano que não escrevo, pouco mais ou menos.

Estudando para concursos já há um ano e meio, e prevejo mais um tanto desses pela pilha de livros e as datas encavaladas dos concursos.

Mas vamos aproveitar que deu vontade e mandar um post no capricho. Dedos ao teclado, vamos lá!

Em primeiro lugar, aproveito a ocasião para renegar tudo o que escrevi sobre "economia ecológica". Preocupar-se com preservar o meio ambiente é não crer que Deus proverá, ou seja, SA-TA-NIS-MO: não confiar no amor de Deus foi o que fez Lúcifer cair, oras!

Isto posto, meu pitaco em alguns fatos.

1) Não assisto mais o SBT enquanto Senor Abravanel não recuperar seus colhões, que parece ter dado para o PT comer, e retornar o verdadeiro SBT Brasil ao ar ancorado por Rachel Sheherazade e Paulo Eduardo Martins.

2) Como já disse Paulo Eduardo Martins, não precisa de tanque na esquina para ser ditadura. Então aproveito para postar um pouco enquanto não derrubam o Águas e me caçam feito um bicho.

3) Esse ano está difícil para muita coisa, mas não para votar. A Diebold já resolveu essa parada pra gente, mais quatro anos de Dilmônia no pudê. Para começar a entender a marosca: http://disinfo.com/2013/10/voting-machine-manufacturer-diebold-charged-bribery-fraud-worldwide-pattern-criminal-conduct/ (trechinho: The e-voting systems, repeatedly found over the years to be easily hacked - Os sistemas de urna eletrônica, ano após anos confirmados como fáceis de fraudar).

4) De qualquer forma, nunca fui muito amigo de república, mesmo. Depois do golpe positivista de 1889 que depôs o Império caímos de abismo em abismo, e o bolivarianismo castrista será apenas o final da ladeira. Ave, glória! Ave, Império! Três vivas à Casa Imperial d'Orlèans e Bragança!

5) Conselho a quem mora em cidade-sede da Copa e, como eu, despreza futebol com todas as veras d'alma: viaje para o exterior! Chile, Argentina ou Uruguay, por exemplo. As passagens para esses países provavelmente estarão mais baratas por estarem na contramão da demanda, assim como é provável que a infra de hotelaria esteja menos demandada (e mais barata) com o desvio de populações e turistas para a Copa.

6) Não se esqueçam de ouvir (enquanto não for derrubada) a Radio Vox: http://radiovox.org/. Jornalismo de qualidade, alta cultura e reaçonaria de primeira linha, só para ouvidos conservadores.

7) A Campanha da Fraternidade desse ano foi tirada da novela do ano passado? Tráfico de Pessoas?! Tema da CF inspirada por Salve Jorge?!? Mas uma coisa foi boa, pois o Altíssimo só permite que o mal aja quando está em Seus planos tirar do mal um bem ainda maior: quero ver a CNB do B se pronunciando contra o tráfico de escravos do Programa Maus Médicos!

8) Aproveito para deixar minhas dicas (atrasadíssimas) de leitura: O Mínimo Que Você Precisa Saber Para Não Ser Um Idiota (Olavo de Carvalho), Esquerda Caviar (Rodrigo Constantino) e Manifesto do Nada na Terra do Nunca (Lobão). Ainda não consegui terminar o Assassinato de Reputações, do Romeu Tuma Jr., mas aviso que está interessantíssimo (estou na metade e já vi que é de cair o c* da bunda).

Agora vou continuar ouvindo The Chieftains (música irlandesa e americana) e estudando Orçamento Público (baixaria e comunismo sem limites), AFO (administração financeira e orçamentária, ficção científica) e LRF (lei da responsabilidade fiscal, uma palhaçada macabra para inglês ver).

Pax et bonum!

3 de março de 2013

Aleatória de 2013

Pax Mariae!

Senhores, desta vez eu me excedi. Quase um ano entre um post e outro... Desculpem.

Em primeiro lugar, as novidades: saí da Solução Supernova como revisor interno e voltei a trabalhar como free-lancer em tradução e versão de textos técnicos, mas não apenas isso: virei concurseiro!

Pois é: depois de meia dúzia de más escolhas e erros de cálculo, eis que percebi que as portas do mercado de trabalho não estão mais exatamente escancaradas para mim, com 40 anos de idade nos cornos, quase nenhuma anotação na CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social) e um título de Doutor pela Politécnica da USP. Resumindo: velho, sem experiência e "super qualificado", a trinca de ouro para fechar portas.

Com isso, me sobrou encontrar algo no serviço público, por que empreender em terra brasilis é suicídio! Fora de brincadeira: com a carga tributária e os encargos trabalhistas, só procura ser patrão em terras tupiniquins quem não tem amor à própria paciência; calvário é apelido! Cada funcionário que você tenha lhe custa de 2 vezes a 2 vezes e meia seu valor nominal na folha de salários, quando você soma na ponta do lápis os impostos, contribuições sociais e trabalhistas e demais obrigações trabalhistas, previdenciárias e blá-blá-blás (e como tem blá-blá-blá, meu Pai!). Fora que eu não tenho vocação para carneiro sacrificial para pagar impostos como "empresário" para abrir uma "empresa do eu sozinho" para poder prestar algum serviço. Imagine ter que recolher ISS (Imposto Sobre Serviços) e PIS/COFINS (contribuições sociais) sobre um serviço no valor total de R$16,00 ou outra bagatela parecida! Apfff...

Resumindo: me matriculei em meados do ano passado na Central dos Concursos para começar a tomar contato com as matérias das provas e pegar as dicas de bons livros e técnicas de estudo, para prestar concursos na área fiscal. Auditor Fiscal da Receita Federal, Auditor do Ministério do Trabalho, TRT, TRF, sei lá, qualquer cargo com estabilidade que me pague remuneração inicial de pelo menos 8 ou 9 contos por mês. Sempre fui de enfiar a cara nos livros, mesmo, então estudar mais 2 ou 3 anos não pega nada. Hmmm... Não pega nada em termos, por que aprender tópicos de Direito é algo que demanda estômago.

Gente de Deus, como a legislação brasileira é COMUNISTA, misericórdia! Toda a legislação das áreas fiscal, trabalhista e previdenciária são estruturadas contra o proprietário de bens de produção. Essas áreas do Direito operam, aqui no Brasil, com presunção de culpa quando se trata de operar em relação a alguém que seja patrão, investidor ou meramente bem afortunado. É um misto de ódio ao mérito, inveja e estupidez pura que dá engulhos na alma. Por exemplo: independentemente de qualquer coisa, se um contribuinte não paga um tributo ou não cumpre uma obrigação acessória (preenchimento de formulário, entrega de declaração, enfim, uma papelada/carimbada genérica qualquer) este contribuinte é considerado automaticamente culpado, sonegador e fraudador doloso que merece mais é pagar super juros e mega multa (75%, podendo subir a 150%  e a 225%)!

Como eu ainda não estou rasgando dinheiro nem comendo cocô, não tentarei ser empreendedor num cenário desses nem debaixo de uma chuva de ácido lisérgico. Vou é estudar um bom tempo e pegar um emprego público para por o meu burro na sombra mesmo, obrigado.

Só que ser concurseiro é puxado. Claro que tem que ser, pois coisa boa nunca é fácil. É livro que não acaba mais (tijolos enormes e caríssimos), apostila até sair pelo nariz, aulas toda vida e muito exercício resolvido, fora resmas e resmas de sulfite para fazer mapas mentais (técnica de estudo acelerado essencial para o bom concurseiro) e muita caneta marca-texto para sublinhar palavras-chave em livros e apostilas. Não é coisa pra moleque, não. São facilmente 2 a 3 anos de esforço e dedicação, dos quais os 8 a 12 meses de cursinho preparatório são só o começo: depois é ler os melhores livros, montar os tais mapas mentais e resolver exercícios às montanhas.

Dica de ouro: depois que tiver assistido as aulas das matérias no curso que você escolher, só resolva exercícios que você encontrar em fontes de exercícios RESOLVIDOS E COMENTADOS, por que não é mais hora de conferir se você aprendeu ou não, mas sim de revisar a matéria através da explicação de onde está o erro em cada alternativa incorreta e do por quê da alternativa certa ser a alternativa certa.

Passando de pato pra ganso, falemos de material escolar. Mais especificamente, LIVROS.

LEIA OS LIVROS ANTES DO SEU FILHO, para saber do quê você deverá protegê-lo este ano. Eu mesmo tive a ingrata surpresa de ter que explicar para meu filho adotivo de 8 anos a verdade sobre o "caso Galileu", por que o livro de "Ciências Naturais" para o TERCEIRO ANO já está enfiando na cabeça da criancinha a mentiralhada de que a Igreja é contra a ciência e que religião é coisa de gente retrógrada e blá-blá-blá-Whyskas-sachê! Cristo Rei!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Esse povo enfia doutrinação política esquerdista e anti-cristã em cabeça de criancinha pequena sem a menor vergonha. Não é à toa que dizemos, nós conservadores, que comunista come criancinha. Por que comunista come o CÉREBRO da criancinha na sala de aula, amaldiçoados! No caso do meu menino: para reverter o estrago, vou precisar explicar devagarinho com muuuita paciência o que foram as inquisições, o que é paralaxe estelar e mais toda a cabeça dura do signore Galileo Galilei ao por declarações do Papa Urbano VIII na boca de um personagem de livro que foi montado para parecer um perfeito retardado, além de sair dizendo por aí que as passagens da Escritura que falam de movimentos celestes teriam que ser reinterpretadas. Fácil, né? Valei-me, São Tomás de Aquino!

Falando na sã doutrina da Igreja, estamos em tempo de sede vacante: oremos para que o Espírito Santo nos envie um pastor que seja verdadeiramente CATÓLICO, SANTO, AUSTERO, FORTE, VIRIL e SEVERO, para purgar toda a escumalha liberal/progressista e purificar o clero e a liturgia!

Mais uma coisa: estou realmente aborrecido com o padre da minha paróquia, que ensina às crianças que Deus não castiga, que os nossos maus atos é que nos castigam com suas consequências. É essa heresia de um "deus" feminilizado que é só amor-amor-amor-amor-amor-amor-amor... Terei muito trabalho pela frente ensinando a VERDADE, que é: Deus é sim perfeito amor, mas é igualmente perfeita JUSTIÇA. E assim como um pai e uma mãe que amam seus filhos CASTIGAM QUANDO ESTES FAZEM ALGO DE ERRADO OU MAU, Deus também permite, à guisa de disciplina, que males nos atinjam quando isso contribuir para nossa emenda e edificação.

O pai que ama não poupa seu filho à vara da correção. Deus, que nos ama perfeitamente, não nos poupará à disciplina quando esta for necessária para a nossa salvação. Dizer o contrário é heresia, pura e simples. Deus não é uma vovozinha açucarada, Deus é PAI. Perfeitamente amoroso e misericordioso, mas igualmente perfeitamente JUSTO. Lembremo-nos disso e busquemos nossa conversão e santificação, todos os dias de nossa vida. Veni, Creator Spiritus!

Pax et bonum!

2 de março de 2012

Quaresma, tempo de conversão.

Senhores, boa noite!

Antes de mais nada, minhas desculpas pela inatividade. 6 meses sem escrever são mesmo um excesso, até mesmo para os meus padrões de desleixo blogístico.

Isso posto, vamos ao assunto do post de hoje. A Quaresma.

A Quaresma é o período de 40 dias que vai da Quarta Feira de Cinzas à Quinta Feira Santa - a quinta da Semana Santa, em que celebramos a instituição da Eucaristia (Comunhão) por Nosso Senhor Jesus Cristo. Esse período é um tempo de Conversão, Arrependimento e Penitência, em que devemos meditar e praticar atos sacrificiais: preces, jejum/abstinência e esmolas.

A fundamentação teórica é extensa, para quem quiser estudar a respeito, mas o principal está nos parágrafos 540, 1095 e 1438 do Catecismo da Igreja Católica: http://catecismo-az.tripod.com/conteudo/a-z/p/r.html#QUARESMA

Resumindo, recordamos os 40 dias e 40 noites em que Jesus jejuou no deserto, antes de ser tentado por Satanás com os pecados da vaidade, do orgulho e da cobiça e resistir de forma perfeita e inigualável, ganhando para nós a graça de sermos capazes nós também de resistir às tentações do inimigo.

A obrigação mínima de quem deseja ao menos tentar ser um bom católico, nesse período, em adição à Missa dominical, é fazer jejum (hoje denominado abstinência, mas isso é um assunto que precisaria de outra postagem para ser tratado em profundidade) de carne vermelha (gado: bovino, ovino, caprino, suíno, eqüino, etc.) e de álcool. E isso em adição ao mesmo jejum (abstinência) para a Sexta Feira Santa, em honra à Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo na cruz.

Essas práticas sacrificiais são tanto ofertas a Deus, em reparação pelos nossos pecados e pelos pecados de nossos irmãos e irmãs, quanto exercícios de auto-disciplina, uma qualidade raríssima nesses tempos de culto à auto-gratificação instantânea e irrestrita que vivemos hoje. A prece nos lembra de que somos criatura, e não Criador, e a Ele devemos toda honra, todo louvor e toda glória. A esmola nos lembra de que temos a obrigação de amar nosso próximo, criatura de Deus assim como nós. E o jejum nos faz mortificar a carne: disciplinamos nosso corpo a aceitar que ele é apenas uma roupa que veste nossa alma, e não o ator principal que está no comando.

Um histórico do desenvolvimento da tradição da Quaresma e dos jejuns/abstinências correspondentes (em inglês) se encontra em http://www.newadvent.org/cathen/09152a.htm. Aliás, o site newadvent é um excelente recurso de consulta sobre questões de Catolicismo em geral.

A propósito, pesquisando agora para escrever esse post descobri que a obrigação real é pouquinha coisa mais rigorosa: o chamado "jejum da igreja", que consiste em café da manhã frugal (chá/café/suco + torradas/biscoitos - esses últimos em pequena quantidade), uma refeição completa na hora do almoço e uma "meia refeição" (a chamada "colação": chá/café/suco + uma quantidade pequena de comida leve) na hora da janta, sempre sem carne vermelha nem álcool. Francamente? Coisa fácil, se a gente tiver um módico de vergonha na cara.

Agora para a parte de protesto do post (não seria um post do Águas se não tivesse isso...): Quaresma de verdade ignora solenemente a "Campanha da Fraternidade" (CF), essa invenção horrorosa da banda podre da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A CF é pura Teologia da Libertação (TL, um assunto que renderia outra postagem polpuda), sempre falando de algum tema absolutamente alheio à trinca Conversão, Arrependimento e Penitência que deve caracterizar nossas ações, práticas piedosas e meditações durante o período quaresmal.

Ano passado a CNBB já tinha tomado uma reprimenda direta de Sua Santidade Bento XVI, falando a esse respeito, por conta do tema da CF 2011. Primeiro que o tema foi de ecologia, tirando o foco dos fiéis do Criador e direcionando para a criação: teologicamente um erro crasso, fruto de uma atitude totalmente anti católica. Segundo que a exegese que fizeram do versículo que diz "A criação geme, como que com dores de parto", foi desonesta ao extremo. O trecho em questão (Carta de São Paulo aos Romanos, capítulo 8, versículo 12) fala não do que fazemos com a criação, mas da ansiedade nossa e de todas as criaturas no aguardo da Parúsia, a Segunda Vinda do Cristo no Fim dos Tempos.

E agora, para a CF 2012, desandaram a maionese de vez. COMO ASSIM, "conscientização sobre saúde pública"?!? Agora, em cima de desrespeitarem a obrigação de meditar sobre CONVERSÃO, ARREPENDIMENTO E PENITÊNCIA, ainda tratam de um assunto deste mundo sem sequer tentar disfarçar?!!!? Miserere nobis, Domine Deus, miserere nobis! Dessa vez passaram de todas as medidas! Senhores, já de há muito que eu não contribuía para as coletas da CF. Ultimamente tenho feito ouvidos moucos, em silêncio, aos trechos de sermões que eu percebo como infectados por TL. Agora convoco os leitores: cada vez que o padre começar a falar da CF, paremos de ouvir e rezemos mentalmente um Credo, que ganharemos muito mais.

Agora retornando a uma nota mais amena: outro recurso internético de informações sobre a Fé é o blog do Padre Paulo Ricardo, no endereço http://padrepauloricardo.org/.

Além de uma extensa série de materiais gratuitos, uma contribuição mensal de 30 reais dá direito a acessar alguns cursos de formação teológica mais específica e/ou mais substanciosa. Eu particularmente acho que vale muito a pena.

De resto, nesse meio tempo arranjei um emprego como tradutor/revisor técnico-científico de inglês-português-inglês na Solução Supernova Consultoria Farmacêutica e estou um pouco menos longe de obter meu título de Doutor (eu acho que o meu orientador acadêmico é um caso de polícia, mas já ouvi dizer que todos são...). Vamos ver se tomo vergonha na cara e não demoro tanto a escrever o próximo post.

In corde Jesu semper, pax et bonum.

7 de agosto de 2011

Trabalho em equipe não é tudo isso.

Antes de mais nada, não custa recordar que eu tenho o meu tanto de sociopatia, então não espere um módico que seja de condescendência para com quem sobrevaloriza a capacidade de ser um bom subordinado.

Isto posto, já deixo à guisa de abstract o mote deste post: atualmente, no mais das vezes quem sabe obedecer não merece mandar.

Hoje em dia todo empregador ou recrutador quer por que quer ouvir de qualquer candidato a qualquer posto que fulano "sabe trabalhar em equipe". Como toda modinha corporativa e/ou de RH, isso quer dizer algo completamente distinto do que se poderia esperar a partir da linguagem do dia a dia.

Saber trabalhar em equipe deveria ser apenas uma expressão pomposa para designar o mínimo de empatia e de capacidade de comunicação necessários para se funcionar em sociedade. Em um mundo perfeito, perguntar se alguém possui este conjunto mínimo de habilidades sociais deveria ser tão anódino quanto aplicar um teste psicotécnico. Então, por que cargas d'água valorizam tanto essa "qualidade"? E o mais importante: por que isso me causa tão profundo asco a ponto de me motivar a escrever aqui no Águas?

Por que o que as pessoas esperam de alguém que "sabe trabalhar em equipe" é algo completamente distinto. Resumindo, é falta de espinha. Resumindo e falando chique, é subserviência burra.

Se você tem um mínimo de força de vontade, se recusa a bater palminha para maluco dançar, não sorri abjetamente ao ouvir uma ideia idiota, tem colhões para bater de chapa com o senso comum quando a razão te indica que ele está errado, não tem tempo para afagar o ego de quem está emperrando o caminho ou de qualquer outro modo dá preferência à tarefa bem cumprida e ao objetivo atingido quando isso precisa ser feito em detrimento do ego alheio, você "não sabe trabalhar em equipe".

Conquanto um empreendimento dificilmente funcione se todos forem líderes, é impossível levar algo adiante com uma equipe composta por 100% de subordinados. Por que hoje é isso que um "team-player" é: um SU-BOR-DI-NA-DO. Alguém que só obedece e nunca manda, alguém que sempre espera as determinações alheias e jamais toma a peito o determinar o rumo das próprias ações. E o pior de tudo, alguém que nunca, jamais, sob hipótese alguma, em momento algum, não importam as circunstâncias, faz algo por iniciativa própria por saber individualmente que esse algo deve ser feito.

Por que? Por quê isso é "individualismo", "ego inflado", "imaturidade", "irresponsabilidade" e o que mais os COVARDES, INCOMPETENTES e CALHORDAS dessa mil vezes maldita geração do politicamente correto puderem assacar contra quem ainda tem iniciativa individual (que eles aparentemente valorizam sob o rótulo de "proatividade") e amor ao bom senso e a um trabalho bem feito, inclusive em detrimento do ego alheio sempre que este se interpõe entre quem trabalha e a boa execução do trabalho.

Enfim, para merecer o nada honroso epíteto de bom team-player, o indivíduo deve ser uma ovelha lobotomizada. Muito embora esse tipo de pessoa até tenha sua função em alguns lugares e situações, isso não deveria ser uma qualidade, muito antes pelo contrário. Mesmo por que, entre outras coisas, isso é o oposto diametral do que se precisa ter para ser um líder, ou mesmo para desempenhar minimamente bem qualquer função que envolva tomada de decisões e ou comando.

Agora vamos para a cereja do sunday: se uma companhia ou departamento só tem bons team-players, ele(a) está desfalcado(a) de pessoas capazes de assumir postos de chefia e/ou se tornarem responsáveis diretas pela tomada de decisões. Oras, se você está sempre habituado a receber suas determinações de fora, como alguém pode esperar que você tome uma decisão qualquer de moto próprio?

Finalmente: não venham me dizer que eu estou errado por que o bom é tomar decisões por consenso. Toda decisão tomada por consenso recai no mínimo denominador comum.

Os antigos já diziam: "A força de uma corrente é a força de seu elo mais fraco". Por conseguinte, a qualidade de uma decisão tomada por consenso é a qualidade da capacidade decisória do indivíduo menos capacitado envolvido no processo. O que vale dizer que um único indivíduo um pouco menos competente que possa triscar uma unha em uma tomada de decisão já compromete o processo todo.

Boas decisões são aquelas tomadas individualmente, após consulta às fontes relevantes de informações e conhecimento. Saber ouvir é importante e consultar corretamente os envolvidos em um processo é essencial, mas a boa tomada de decisão, além de bem informada, é um evento/processo de caráter IN-DI-VI-DU-AL. Sem compromissos, sem hesitações, sem política. O tomador daquela decisão deve ser o único responsável por ela, que deve ser aquilo que a seu ver seja o melhor caminho para se obter o resultado desejado/necessário.

Soluções de consenso não são o melhor, elas são o que dá para acomodar junto a todo mundo. Dificilmente essas duas coisas coexistem.

Então, vamos embora parar de exigir que seja todo mundo bom team-player e começar a pelo menos respeitar quem ainda consegue honrar as calças que veste nesse mundinho politicamente correto e sem espinha de hoje, faz favor, obrigado?!?

22 de abril de 2011

Gulodice, esganação e falta de noção.

Olá, amiguinhos! Mais um post em 2011, quem sabe se eu não emplaco um a cada 3 mêses?

Pois bom, hoje quero comentar sobre alguns ramos do comércio que simplesmente não têm o mais mínimo limite em termos de avidez por lucros. Casos tão patológicos que chegam a ter o potencial de prejudicar seus praticantes por efeito rebote, caso a proporção de consumidores conscientes do fato atinja massa crítica.

Na verdade, trata-se de um único ramo geral de comércio, o dos produtos sazonais. Bacalhau em feriados católicos com abstinência de carne (como Quarta-feira de Cinzas e Sexta-feira da Paixão), Colomba Pascal e ovos de Páscoa à partir de um mês antes do Domingo de Páscoa, panetone/frutas cristalizadas/peru/etc em dezembro e champagnes/espumantes em dezembro são os casos que me vêm à mente agora.

Imagino que muitos de vocês leitores já devam ter reparado como esses produtos têm uma súbita alta de preço nas imediações de suas respectivas "temporadas". Se não, fica o convite a que vocês observem. Passem numa Cacau Show ou Kopenhagen da vida por essa semana agora, anotem o preço de um ou dois tipos de ovo em cada e confiram o preço dos mesmo produtos daqui a duas semanas. Ou, se vocês só estiverem lendo essa postagem depois da Semana Santa, que é o mais provável, façam esse experimento ano que vêm ou seu equivalente com panetones.

Aliás, fica a dica de experimento econômico para confirmar as dimensões da falta de noção do que estou comentando agora. Aproveitem que a Bauducco tem aqueles pontos de venda em estações de metrô e acompanhem a evolução do preço do panetone ao longo do ano ou, pelo menos, de outubro/novembro a fevereiro/março. A coisa é brutal: conforme a temporada da virada de ano se aproxima, a curva de preços dá uma guinada para cima de tirar o fôlego, se sustenta em um patamar estuporante ao longo das duas últimas semanas de dezembro e, em seguida, começa a descer, mais das vezes com direito a queimas de estoque de proporções dantescas.

Esta última parte é que aponta para a selvageria da coisa. Que um produtor aumente a oferta e os preços para lucrar durante uma temporada de vendas naturalmente mais altas, ok, faz parte de uma economia saudável que se aproveitem as oportunidades de lucro. Que os preços se normalizem ou até mesmo se façam pequenas promoções para desencalhar pequenos excedentes de estoque, idem. Mas tenho percebido que há algo de muito errado na escala em que esses fenômenos têm ocorrido por aqui, ao pensar à respeito do tamanho desses excedentes e do tanto que os preços DESPENCAM VERTIGINOSAMENTE durante os incêndios florestais de estoque logo após cada respectiva data-chave.

Aliás, entra ano e sai ano e estes produtores e comerciantes parecem não só não aprender a lição do ano anterior mas ainda ter entendido errado o que aconteceu, por que os excedentes só fazem crescer e as quedas de preço para desencalhe de sobra de estoque são cada vez mais assombrosas.

À princípio, algum leitor poderá dizer que o volume de vendas da temporada multiplicado pelo sobrepreço gera um lucro tal que compensa sobejamente os excedentes de estoque incinerados a cada ano. Mas aí é que entra o que escrevi no primeiro parágrafo de texto deste post: se a parcela de consumidores consciente dessa prática atingir massa crítica, o efeito rebote que se abaterá sobre as cabeças desprevenidas de quem vende cada um destes produtos será épico.

Qual de vocês leitores nunca ao menos ouviu falar de gente que "prefere deixar para comer/beber/comprar o produto X ou Y depois da data Z, por que sai bem mais em conta e dá para consumir bem mais daquilo por muito menos"? Deixar para comprar os presentes da família em janeiro (dica do tio Seu Zé Nando: dá até para retomar uma tradição mais católica e presentear as crianças no Dia de Reis), estocar o bacalhau salgado (100% desidratado e impregnado de sal, dura uma eternidade) em janeiro para poder comê-lo na Semana Santa, deixar para comer ovo de páscoa em maio (curiosamente, o preço do chocolate em barra e dos bombons quase não varia: comprem o chocolate das crianças nessas apresentações e deixem os ovos para maio) e panetone em fevereiro/março/abril, vocês já entenderam a ideia.

Quando a parcela de consumidores que adota esse comportamento ultrapassar um certo limiar, o somatório de vendas perdidas na temporada mais o de excedentes desovados resultará em prejuízo líquido, o qual certamente não será pouco.

Leitores, mãos e carteiras à obra! Chega dessa esganação, gente gulosa e sem noção tem mais é que ficar no prejuízo, mesmo, é o que eu sempre disse! Esse ano comprei chocolate em barras para o Webister e já deixei bem claro para ele que os ovos chegarão pelo menos uma semana depois do Domingo de Páscoa. Sigam o exemplo, sigam as dicas e vamos lá virar essa esganação do avesso contra esse bando de "joselitos": todo mundo aí deixando para adquirir/consumir produtos de estação nas épocas de suas respectivas queimas de estoque!

Só temos a ganhar. Enquanto não atingirmos massa crítica, continuaremos a consumir (muito) mais por (muito) menos. Quando atingirmos, os produtores e comerciantes ver-se-ão obrigados a parar de gulodice e manter seus preços dentro de patamares minimamente decentes mesmo nas próprias datas-chave. As possibilidades de que resolvam baixar a produção para forçar a alta de preços, contando com o fato de que cedo ou tarde VAMOS consumir, são muito baixas (eu diria quase nulas). Baixar produção representa prejuízos em qualquer cenário, ninguém gosta de reduzir ritmo de produção.

Resuminho da ópera: vamos deslocar o consumo dos produtos sazonais para depois do pico da temporada. Enquanto as coisas continuarem na mesma, lucramos com as promoções. Quando mudarem, os preços param de entrar no cio todo santo ano.

Agora que postei, volto ao trabalho: pesquisinha básica para meu departamento na POLI-USP, traduções, o de sempre. Até a próxima!

17 de março de 2011

Só para dizer que não esqueci do blog...

Mais de ano que não escrevo aqui, caramba!

Bom, fora o tanto de tempo que o Doutorado me toma, andei meio sem inspiração para escrever. Até falaria contra essa onda estúpida que está rolando por aí de neo-ateísmo, com os livros de figurelhas feito Richard Dawkins, Christopher Hitchens, Daniel Denet e Sam Harris, mas já tem gente bem mais capacitada que eu refutando essas antas.

Ficam aqui as dicas de 4 excelentes blogs na área:

http://lucianoayan.com.br/ - é o pai da matéria, trabalha trucidando todas as manifestações da mentalidade revolucionária. Excelente argumentação, só peca um pouco por vezes ao adotar uma abordagem "voadora no peito", mas isso é até compreensível dado o nível de tosquice dos comentadores que tentam desafiá-lo na caixa de comentários.

http://quebrandoneoateismo.com.br/ - meio que um spin-off / complemento do primeiro, mais especializado no combate ao neo-ateísmo.

http://neoateismoportugues.blogspot.com/ - exemplos escolhidos à dedo do "melhor" do neo-ateísmo lusitano, dissecados para fins de estudo e refutação.

http://www.franciscorazzo.com.br/ - blog mais de filosofia, onde volta e meia são apresentados mais alguns argumentos e exemplos esclarecedores de que Fé e Razão NÃO se opõem.

Em termos de leituras, tenho mergulhado fundo em Filosofia, e encontrei um autor nacional totalmente polêmico pelo simples fato de ser conservador até à medula: Olavo de Carvalho. Tirando os fatos de ser ele tabagista inveterado, cético climático e favorável à astrologia (hei! Ninguém é perfeito!), poucos escrevem com tanto acerto e discernimento sobre políticas nacional e mundial e temas filosóficos em geral.

Outro autor que encontrei (por indicação de OC), igualmente nacional, é Mário Ferreira dos Santos. Este já é uma verdadeira ave-rara, no sentido mais pleno da expressão. Conciliando os pontos positivos de autores tão distintos quanto Pitágoras, Nietzche, Tomás de Aquino e Heidegger, dentre outros, criou uma obra tão vasta quanto única. Uma pena que os trabalhos de edição e revisão de seus textos tenham sido tão mal conduzidos até o momento, mas para quem tiver paciência para passar por cima disso e reconstruir os textos ao longo de cada leitura fica a dica de um marco na história da filosofia mundial: Filosofia Concreta. Sendo o ápice da construção de seu sistema filosófico próprio, pede, no mínimo, a leitura prévia dos títulos anteriores "Tratado de Simbólica", "Pitágoras e o tema do Número" e "Lógica e dialética - pentadialética, decadialética e dialética", leitura essa igualmente laboriosa.

De resto, cuidando da saúde como nunca. Tive uma bela perda de peso (de 119kg a 95kg em 4 meses e meio) em função de uma reeducação alimentar (por que regime é coisa temporária e destinada a falhar) intensa que me obrigou a me tornar bastante criativo na hora de preparar saladas, legumes, cereais variados e grelhados magros. A única parte que considero verdadeiramente chata é que sobremesa agora, para mim, é fruta ou fruta. E se eu não quiser, também pode ser fruta. Bom, vocês entenderam.

Ah, talvez ano que vem eu poste de novo. Até mais!

25 de março de 2010

Alguns livros.

Boa tarde, hoje solto mais algumas "resumenhas" (resumos/resenhas).

Falarei de Stephen King, meu autor favorito no gênero suspense.

O cidadão é simplesmente o rei (trocadilho proposital) do que podemos chamar de terror psicológico: não há um predomínio do chamado "gore" (sangue e tripas, por assim dizer), mas sim de estados de tensão psicológica levada ao limite. Farto uso de pensamentos de personagens e perfis psicológicos complexos, em tramas que se desenvolvem como quebra-cabeças de desenlace desconcertante.

Uma vez que esse moço abusa das cenas e monólogos ocorridos dentro da mente dos personagens, a conversão de seus livros a filmes dificilmente funciona. Para quem conhece, exemplos gritantes são Dreamcatcher (O apanhador de sonhos), Carrie (Carrie, a estranha), It (A coisa) e The Last Stand. Isso fora a grande quantidade de enredos secundários que se entrecruzam, complementando a trama principal.

Outra característica de suas obras é um senso de humor absolutamente peculiar. Sempre tem pelo menos um personagem soltando tiradas daquelas de fazer o leitor cair da cadeira. Se você souber inglês, leia no original, por que muitas destas tiradas são absolutamente intraduzíveis, bem como o palavreado mais "colorido" dos personagens suficientemente nervosos para usar palavrões, em algumas cenas de conflito mais intenso. O nível de profanidade nessas horas é estuporante, mas sempre está dentro de um contexto que o torna completamente cabível.

Alguns de seus temas favoritos, além da evidente predileção por tratar de relacionamentos humanos os mais variados possíveis com uma profundidade quase machadiana, são experiências "psi" (Carrie, Firestarter, Cell, The Shining) e eventos de ordem sobrenatural (The Last Stand, Insomnia, Needful Things, Lisey's story).

Li recentemente Firestarter (Incendiária - ?), Cell (Celular - ?), The Last Stand (Confronto Final - ?) e Needful Things (???).

Firestarter é sobre experimentos militares com um extrato de glândula pituitária e a filha de um casal de cobaias deste experimento. A menina é pirocinética poderosíssima e o pai é um "dominador mental" (basicamente te "empurra" a fazer o que lhe der na telha) médio (custa caro para ele usar sua habilidade). Atenção para o tratamento primoroso dos conflitos psicológicos da menina e para a construção requintadamente meticulosa do perfil psicológico do índio infiltrado para conquistar-lhe a confiança. O conflito interior dos fazendeiros que recebem pai e filha pela segunda vez depois da metade do livro também é digno de nota.

Cell é uma variação curiosíssima da costumeira história de zumbis, e uma prova (junto com The Last Stand) para quem quiser levantar a tese de que Stephen é tecnofóbico. Basicamente, algum grupo de malucos bota um sinal num satélite que enlouquece e zumbifica quem falar ao celular. Depois de um começo vertiginoso, daí pra frente é só rockenroll, só lendo para entender. Mas com direito a churrasquinho de zumbi em estádio de rugbi, coisas que só Stephen King pode criar pra você, amigo leitor! Verdadeiro touch-down literário!

The Last Stand, que junto com Cell mostra uma faceta meio tecnofóbica do autor, é uma parábola religiosa meio macabra, com um roteiro no estilo Armagedon produzido por milicos e seus vírus maravilhosos. Depois de exterminar 99.4% da humanidade com uma variedade de gripe (H1N1, oi?), temos uma velhota que fala com Deus e um maluco que encarnou o demônio Legião, disputando as almas do resto da humanidade primeiro via sonhos (Cell também usa esse recurso) e depois na bomba atômica (mas o jeito que ela vem é liiindo!). Atenção para o perfil psicológico de Trash Can Man, o Sméagol que decide o final deste pequenino "tijolo" (na casa das 1600, 1700 páginas, na versão integral sem cortes).

Completando o quarteto de delícias, Needful Things é uma parábola no melhor estilo "pata do macaco" (cuidado com o que você deseja...), misturado com uma generosa porção de "o barato sai caro". Basicamente, um capeta com personalidade possivelmente construída a partir do mito da divindade grega Éris chega a uma cidadezinha do interior, monta uma loja de "antiguidades" e "variedades" e toca fogo no raio do vilarejo por puro amor ao quebra-pau generalizado e deslavado. Claro que uma boa ração de almas perdidas no processo também o agrada sobremaneira, mas o principal é ver o circo pegando fogo enquanto ele come churrasquinho de palhaço. Neste livro em particular o leitor percebe uma característica bastante comum nas obras do Rei (sobrenome mais que merecido!): demora um bocadinho para o roteiro engrenar, mas depois que engrena é uma montanha russa desaconselhável a ansiosos e cardíacos.

Último comentário, que já gastei um bom tempo nesse post e tempo é uma moeda que está em falta na minha carteira: sempre é bom reforçar que, se você souber inglês, é infinitamente melhor ler no original. Tem muita coisa intraduzível, muito jogo de palavras e expressões "semi-idiomáticas" de um colorido irreprodutível.

No próximo post, quando houver um, PODE SER que eu lembre de falar de António Lobo Antunes, um gajo que põe aquele ridículo do Saramago no chinelo com as duas mãos amarradas atrás das costas.

Auf Wiedersehen!

10 de março de 2010

Pequeno espectro político.

Senhores, desculpem o descuido para com este pequeno espaço.

Os temas de que tratei ultimamente me deixaram em um cul-de-sac literário, pois embora eu aprecie imensamente os compositores cujas resenhas prometi, minha competência no assunto está aquém da necessária para bons posts.

Mas hoje uma conversa me mostrou que há quem precise de alguns esclarecimentos do que vem a ser um espectro ideológico/não-ideológico em política, com alguns exemplos. Em particular no caso do Brasil, onde a ausência já prolongada de uma direita propriamente dita torna a discussão absolutamente nebulosa, por falta de parâmetros de balizamento.

Nada mais justifica dizer que pessoas que, à semelhança de José Serra e Fernando Henrique Cardoso, passaram o período do regime militar brasileiro exilados, sejam hoje figuras "de direita". Ou que se diga que o PSDB, uma dissidência do PMDB (ex-MDB), seja um partido "de direita".

Então, segue aqui um espectro político extendido, por que não existem apenas esquerda, direita e centro. Por outro modo: nem todo político tem posicionamento ideológico, e nem todo comportamento em política é exclusividade de uma dada corrente ideológica.

Primeiro grupo, bastante bem representado no Brasil: a esquerda. Uma definição correta de esquerda envolve alinhamento, em maior ou menor grau, com as teses marxistas. Atenção: em maior ou menor grau. Não é preciso ser um comunista raivoso, bolchevique, de boininha preta e emblema da foice e do martelo na roupa ou camiseta do Che. Basta ser avesso ao capitalismo e/ou ao mercado (novamente, em maior ou menor grau). Vai desde os exaltados do PSOL/PSTU/PCO aos calminhos das alas mais "centro" do PT.

Segundo, com alguns poucos representantes: o centro. Tenta sincera e honestamente conciliar pelo menos parte das teses marxistas a parte das teses de direita. De outro modo, à maneira de Olavo de Carvalho: acredita ser possível obter o melhor dos dois mundos em relação às mentalidades revolucionária (como definida por Olavo de Carvalho, vide link) e evolucionária/conservadora (esta última conforme a definição de Russel Kirk, vide link). Tem vários expoentes no PSDB e alguma gente no DEM.

Direita: regida pela mentalidade evolucionária/conservadora descrita no segundo link acima. Não há mais expoentes aqui no Brasil, salvo talvez o sr. Mário de Oliveira, que candidata-se este ano à Presidência (vide link).

Fora estes 3 grupos, que englobam a parte do espectro político que se pode chamar de ideológica "clássica", há também os seguintes grupos:

1. Os partidários de outras ideologias: seus posicionamentos não necessariamente subscrevem-se a qualquer dos 3 grupos acima, mas seguem uma agenda específica. Exemplos clássicos são os partidos verdes sérios (o brasileiro não está neste grupo) e os partidos cristãos, muito embora esses últimos sejam mais propensos a entrar à direita na parte ideológica "clássica" do espectro, mas não necessariamente - vide Teologia da Libertação (sic). Um exemplo nacional talvez seja o grupo do sr. Eimael (democracia cristã), mas não tenho dados que possam confirmar isso.

2. Os não ideológicos. São um grupo bastante amplo e heterogêneo, no qual enxergo à primeira vista 3 divisões principais:
a. Governismo sistemático: seja por falta de espinha para fazer oposição quando esta é salutar, seja por interesse, seja por sincera adesão a todos os governos que tenham passado ao longo de sua carreira, o político deste grupo é sempre membro da bancada governista. Exemplo clássico: Paulo Salim Maluf. Sejamos honestos, o homem se fez no regime militar por que foi o que estava em curso no tempo em que ele iniciou sua carreira. Se ele fosse cubano, seria um castrista ferrenho. Este vídeo (na verdade uma foto acompanhada de um jingle) é emblemático.
b. Oposição sistemática: "se hay gobierno, soy contra!". Anarquistas em geral, membros mais exaltados da parcela mais exaltada da esquerda e misantropos, entre outros. No Brasil, talvez alguns mais exaltados do PSTU e do PCO.
c. Oportunismo total: aquele político que está lá para se locupletar, e o mundo que queime à vontade lá fora. Conhecidos como bancada dinheirista (copyright Casseta e Planeta) ou fisiologistas, entre outros termos igualmente desdourantes. Exemplo clássico: família Sarney (e de resto, boa parte da massa do PMDB, como Orestes Quércia e outras figuras de igual quilate). Não tem posição fixa sobre o que quer que seja e ficam ao lado de governo ou oposição conforme lhes for mais lucrativo.

Ou seja, existem muitos tons de cinza entre o branco e o preto, além de uma pancada de outras cores.

Fora isto, a quem ainda não percebeu eu informo que sou de direita, no sentido clássico que defini neste texto. Um conservador, ciente de que existem uma ordem moral duradoura e valores absolutos, e descrente da possibilidade de que qualquer indivíduo possa atinar com saltos quânticos em termos de política, moral ou bom gosto.

In corde Jesu
Sizenando